sábado, 5 de setembro de 2009

Procura-se um lugarejo para 3 brasileiros em Coimbra.


Após a few days sem postar estou aqui novamente para colocar os acontecimentos dos últimos 2 dias e meio.

Como havia informado a quinta-feira seria o dia de encontrarmos um cantinho só nosso, um lar. Acordamos meio-dia (pra variar) e compramos um classificado que continha uns 150 anúncios de locais, e de todos, nenhum deu certo. Vários eram somente femininos, outros somente masculinos, alguns só aceitavam contrato de um ano outros eram muito caros mas a maioria já estava esgotado a essa altura do campeonato. Encontramos Poule no restaurante universitário (já que ela não tinha acordado bem e tinha ficado mais tempo no albergue), lá enfrentamos uma bicha gigante e no final dela conhecemos 2 brasileiros, Danton e Paulo. Almoçamos juntos e eles nos falaram sobre uma possibilidade de abrigo. Eles estavam morando em um hotel, onde a dona havia feito um precinho camarada para os dois, e segundo ele ainda havia muita oferta de quarto lá, pois quase não haviam hóspedes no local. Antes de irmos conhecer o hotel que eles haviam indicado fomos a Divisão de Assuntos Internacionais de Coimbra tentar fazer a matrícula e obter informações. Lá, Cristina (guardem esse nome), funcionária de Universidade nos atendeu com simpatia e nos mostrou o caminho das pedras para conseguirmos nos matricular, uma enorme burocracia que começava pela obtenção do visto, que ainda não temos em mão (que depois descobrimos que teremos que obter em Madrid). Saindo de lá, fomos rumo ao Hotel que Danton e Paulo nos haviam indicado, descemos por intermináveis ruas para chegar até o imponente hotel que se localizava ás margens do Rio Mondego (o Rio de Coimbra). O Hotel Avenida que tinha sido recém reaberto estava aceitando estudantes para ter morada lá e lá a funcionária nos informou que pagaríamos 550£ por um quarto triplo com wireless. O preço era um tanto salgado mas diante do nosso desespero estaríamos dispostos a pargar o equivalente a 190£ por pessoa. O Hotel era algo estranho, na verdade era pavoroso, os móveis, as imagens, a tapeçaria, as paredes, tudo colaborava para a atmosfera exorcista fellings que o Hotel transmitia. Os corredores eram sombrios, os degraus da escada rangiam e ao fundo escutávamos os ecos de nossos passos. Não teria coragem de ficar lá sozinho por um só horripilante instante, por um momento me veio à cabeça o filme 1408 de Stephen King (autor do livro), não foi uma sensação confortante. Chegando à porta de nosso futuro quarto (realmente espero que não chegue a ser) passamos mais de 5 minutos tentando abrir a porta do quarto (fato verídico) e quando abrimos, lá se colocavam 3 camas antigas dispostas paralelamente, um armário, tv, mesinhas e uma porta com uma janelinha e grades nesta janelinha (como a porta de um quarto de hospício), tudo na mesma atmosfera horripilante do restante do hotel. As camas já pareciam destinadas a nós e eu nem sequer tinha desejado dormir lá. Havia também uma varanda, ao ir para a varanda descobrimos uma bela vista (eu diria privilegiada) em que do outro lado da rua estava o belo Rio Mondego (lindão). Analisando nossa varanda descobrimos que ela estava localizada no último andar do prédio e bem no centro dos outros quartos e que a varanda em estilo colonial era a única privativa de todo o Hotel, resumindo: era a suíte presidencial. Estávamos na suíte presidencial dum Hotel abandonado e pavoroso. Tremi na base. A porta que eu disse semelhante a de um manicômio era a porta do banheiro que era totalmente recoberto por azulejos rosa cocô e o box era uma mistura de banheira com chuveiro e não tinha porta e sim uma cortininha rosa com babados, como num motel da década de 40. Saímos de lá prometendo que voltaríamos, mas realmente eu espero não ter que voltar lá (embora essa opção ainda exista).




Continuamos nossa busca por locais, encontramos uma pensão em que um garoto esta a aspirar o carpete dos quartos com um aspirador (quem diria que encontraríamos trabalho infantil na Europa), perguntamos ao jovem mancebo sobre o dono ele mostrou-nos seu pai. Seu pai, que deve se chamar Joaquim ou Manoel, e com o espírito generoso falou uns 40 minutos sobre lugares bons e baratos para três estudantes brasileiros morarem em Coimbra e acabou chegando a conclusão de que nós deveríamos morar na casa em que a mãe dele tinha e que estava para alugar. Muito perfeccionista deu nos outro mapa e nos desenhou cada comércio que existia entre a sua pensão e casa de sua mãe que ficava a uns 15 minutos em de subida. Fomos e nesses minutos dessa exaustiva subida em ruas estreitas e tortuosas quase pegamos uma lapada de um retrovisor gigante de uma van que insistia em passar por estas ruelas que ao meu ver n]ao foram feitas para dois carros passarem simultaneamente. A casa da mãe do português era meio feia por dentro e por fora mas tinha condições de nos abrigar por esses meses, mas por não ter internet negamos a oferta. Voltamos para casa às 17:00 dormimos exaustos, acordamos às 20:30 (ainda fazia sol). Nos arrumamos e fomos a uma festa para alunos Erasmus (alunos estrangeiros) num tal de Bigorna Bar. Pensamos que iria lotar devido a imperdível promoção que estava no cartaz (de 22:00 às 00:00 a entrada é 0,50 £). Chegamos lá haviam 6 pessoas contando com o dono do bar e o DJ, de tão vazio nem nos cobraram a entrada. Poule tomou um uma dose de uma bebida cujo nome era Biologia e que era feita com absinto e tequila, eu e Menina Ananda fomos de cervejinha por baratos 0,50 £ o copo. Bebida vai, bebida vem e ao som de músicas latinas antigas (muito populares entre os estrangeiros daqui) resolvemos dar show. Modéstia à parte humilhamos qualquer tentativa gringa de mostrar um swing. Músicas à la capim cubano, Rapunzel de Daniela Mercury e outras Caribean Hits marcaram deram o tom a noite. Mas o número 1 do Hit Parade das festas Coimbrenses é ..... Macarena. Só tive coragem de mostrar meu swing brasileiro devido às demais performances de poloneses e alemãs presentes na festa. Inclusive, diante de um desafio de Ananda e Poule (não sou de amarelar em desafios) chamei a menina mais desajeitada da noite para um téte-a-téte. A conversa foi a seguinte:
Eu - Do you remeber me (havíamos estado no mesmo passeio juntos à Faculdade de Ciência e Tecnologia)
Ela - Oh, YES!
Eu - Ãhh... do you wanna dance with me?
Ela - iasuhdiasgfhaifhlsdkjbv.fkjçdigasdkjbga
Eu - Hã?
Ela - iduahsdiuadiaushdilidjflsfjdkiruoqwieiur
Eu - Aham, but .... do you wanna dance with me?
Ela - Maybe Latter.
Eu - Ok, see you latter.
Não foi um toco, foi apenas um "eu não tenho o seu maravilhoso gingado tropical, não quero lhe fazer passar vergonha", pelo menos foi assim que eu encarei. Inclusive na outra festa que fomos dizem as boas línguas (Ananda e Poule) que ela estava me encarando e dizendo com os olhos "I wanna you", com os olhos. De qualquer forma eu só queria dançar com ela perante um desafio.
Nessa mesma festa no Bigorna Bar conhecemos um luso-pernambucano Raul, muito prestativo que nos convidou a ir a outra festa, que segundo ele estava bombando ainda mais. Realmente, estava lotado de estudantes Erasmus e o som estava um pouco menos brega e mais atual. Lá havia uma fotógrafa que iria colocar as fotos da festa em um site, e que para a nossa surpresa era a Cristina (secretária da Universidade que nos atendeu) e tirou fotos nossas (ainda não sei qual é o site). Por lá conhecemos mais uns 10 brasileiros, reencontramos uma turca chata, a amiga senegalesa Sophie e tiramos fotos com um monte de gente que nem conhecíamos, enfim interagimos. E para a nossa supresa depois de algum tempo fomos ao bar da boate e adivinha que era a bar-girl fazendo altos coquetéis.... a Cristina secretária da Universidade (acho que ela é uma free lancer tipo faz de tudo - poderia chamála de secretária-fotógrafa-bargirl) a festa foi aziando e voltamos para o Albergue umas 03:00.








Sexta Feira, acordamos naquele horário indecente e voltamos a prucurar a little nice place to live, ainda não o encontramos mas acho que estamos perto. Almoçamos no Restaurante universitário daqui (que embora alguns falem mal eu o considero bom) e fomos ao Shopping para comprar o Laptop de Menina Ananda. Próximo ao shopping tenho certeza que vi a Ana Maria Braga, mas não deu para tirar a prova de que era ela. Compramos o laptop e voltamos exaustos (vocês não imaginam como é difícil e exaustivo subir e descer tantas ladeiras e escadas). Lá pelas 18:00 liguei para uma república de estudantes (para tentar conseguir um lugar pra morar) e para a minha supresa eles convidaram a mim e minhas companheiras para jantar com eles. Poule ficou doente e não foi, Eu e Ananda, entretanto, fomos lá na cara e na coragem jantar com desconhecimos. como queríamos agradar para sermos aceitos compramos um vinho para levar para eles. Eu fui com minha roupa mais descolada e Ananda com a sua mais decotada e fomos rumo à República dos Galifões. Chegando lá os 5 rapazes disseram-nos que estávamos atrasados e quando mostramos o vinho eles disseram que este não era um vinho bom e que as donas de casa geralmente utilizavam-no para cozinhar, tudo com muita educação e simpatia. Lá comemos uma coisa indecifrável mas muuuito gostosa, durante o jantar eles conversaram sobre a 2° Guerra Mundial, O Homem Árvore, O filme Sacanas sem Lei, A nova lei que proibe sacadas em Lisboa, etc... Eu e Ananda tentamos por vezes em vão nos intrometer na conversa, mas eles com seu sotaque portugues nos impediu de entender 80% do que falavam. Depois conhecemos a casa (muito parecida com a fraternidade dos Kappa Tau da série Greek, como eu sei que ninguem assiste essa série eu traduzo dizendo que é a melhor fraternidade do mundo). E por fim um dos integrantes muito simpático disse que não tínhamos como ficar lá pois eles só aceitavam pessoas que fossem passar pelo menos 1 ano. Saimos de lá tristes por não terem nos aceitado mas felizes pelo rango que ganhamos. Voltamos para o albergue e fomos a uma festa de brasileiros no Bigorna Bar, estava meio chata e resolvemos voltar, conhecemos mais uns 5 brasucas e conseguimos um contato de um ap muito bem localizado por 400£, na volta umas 02:30 da manhã comi umas sardinhas frias com pão duro que fizeram com que as meninas sentisssem nojo de mim, mas homem que é homem come sardinha fria com pão duro (é o que sempre digo).

Hoje pela manhã mais uma vez acordamos naquele horário e durante a manhã num estágio de semisono vi muito movimento no nosso quarto (quem tem 8 pessoas, em 4 beliches, em cima de mim dorme uma italiana) e a cena mais engraçada da minha vida aconteceu nesta manhã coimbrense.
Menina Ana Paula estava meio dormindo meio acordada quando seu celular vibra ela em um grito assustado brada em bom som: - ANANDAAAA!!!!
A italiana que dormia em cima de mim assustada gritou: MAMMA MIA! deu um pulo da beliche e saiu correndo pela porta do quarto.
Não falo italiano mas pela reação dela acho que Ananda em italiano significa INCÊNDIO, SALVE-SE QUEM PUDER!
Depois posto o resto.
Rezem para que consigamos um apartamento pra ficar não quero ir para aquele Hotel do Hell!
Feliz dia do Biólogo (atrasado)!
Abraços a todos!

8 comentários:

  1. OIAHOIAHOIAHIOAHAIOHA.
    Rí horrores. ahahhahahahha Tipo, muito mesmo Bruno. Imaginei a menina gritando Mamma mia e saindo correndo hahahah
    E tu comendo pão duro com sardinha, como um verdadeiro macho alfa.
    Mas o que eu duvido MUITO é a parte do toco que tu diz não ter levado. LEVOOOOOOOOOOOOOU SIM. Te conheço, sacana. hahahahhahahaha
    Rí muito po.
    Peguem vários estrangeiros/as :D
    E po, eu ia curtir muito ficar no hotel estilo 1408... fala sério po. Ou tipo O Iluminado.. Ah po, Stephen King estampado em um hotem é fiiicha, fiquem lá vai !!!! :DDDDDDDD

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  2. eu escrevi "ah po" 15x.
    -achei boa idéia comentar isso.

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  3. Brunão,
    Arrumem logo um lugar pra ficar, sério, eu já tou angustiada. O hotel nem pareceu tããÃo ruim assim. (ok, com a sua descrição machadiana, pareceu sim).
    E zeta beta zeta sim, que era uma fraternidade do caralho. AHahHAhah

    saudades.

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  4. Salve-se quem puder é tão ultrapassado. Agora só digo: ANANNNNDA!!!

    Façam um filme viral do youtube nesse hotel, caso morem nele. Sucesso garantido.

    =*

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  5. "isso é só um monte de bobagens pra pessoas inocentes.






    sÚÚÚúcessow.

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  6. claramente q ficar no hotel do hell é a melhor opção!!! pensem na oportunidade de postar histórias fantásticas!!!!husahusahuhasuhsauhas
    eu voto no hotel do hell....

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  7. Oi Bruno, meu nome é Thais, desculpa a intromissão no seu blog, mas fiz uma pesquisa tentando descobrir brasileiros que estudam na faculdade de Direito de Coimbra por intercâmbio, gostaria de saber se este é o seu caso. Sou estudante de Direito-PUC, tenho que fazer um trabalho sobre intercâmbio brasil-coimbra, sobre quem cursa esta diciplina. Queria somente algumas informações se for o seu caso, claro.

    Me desculpa mais uma vez. Se caso você puder me responder, eu agradeço muito mesmo.
    Muito obrigada desde já.

    E desculpa.....de novo =)

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